terça-feira, março 17, 2009

Mãe Desnecessária

A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e sempre soou-me estranha. Até agora. Agora que minha filha adolescente, aos quase 18 anos, começa a dar vôos-solo. Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso.
Quando começo a esmorecer na luta para controlar a supermãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara. Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária. Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles
precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis. Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão. Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.
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domingo, março 15, 2009

Equilíbrio humano


A alegria e a felicidade são os indicadores do equilíbrio da máquina humana, do mesmo modo que qualquer mudança no ruído familiar de um motor poderá indicar, ao ouvido de um mecânico experiente, que há algo de errado. A alegria interior, quase extática, é a condição normal do gênio. Qualquer falta dessa alegria desenvolve toxinas que destroem o corpo. O êxtase interior do espírito é a fonte secreta da eterna juventude e da força em qualquer ser humano. Aquele que o descobre compreende o significado da onipotência e da onisciência.

A energia elétrica que nos motiva não está, absolutamente, dentro do nosso corpo. Ela é parte da carga universal que flui através de nós vinda da Fonte Universal, com uma intensidade determinada pelos nossos desejos e pela nossa vontade.

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