quinta-feira, setembro 02, 2010

Porque adoecemos


Uma das maiores misérias da condição humana é transcorrer a existência em um organismo biológico frágil, vulnerável e perecível, sujeito a doenças, dores, envelhecimento, acidentes , deterioração e morte inevitável.

Por melhor que cuidemos desse instrumento, ele inevitavelmente se desgastará e perecerá.

O melhor que podemos fazer é cuidar dele adequadamente, para que tenha melhor saúde e longevidade e nos possibilite as oportunidades de crescimento, durante o ciclo de vida.

Cuidando bem de nosso organismo biológico, ele ainda estará sujeito às inevitáveis mazelas e desgastes da vida física. Se dele não cuidarmos corretamente, seu desgaste será acelerado e passaremos a maior parte da vida tentando recuperar a saúde negligenciada.


Por que adoecemos? A resposta genérica a essa questão está ligada a desequilíbrios no complexo corpo-mente do ser humano, em suas relações com o ambiente e em sua atitude para consigo mesmo.

A verdadeira natureza do ser humano é espiritual. Sua natureza íntima e essencial é uma centelha divina, que se manifesta através de um sistema de corpos existenciais, composto por um corpo de matéria densa, um corpo prânico ou bioenergético e um conjunto de corpos sutis formados por matéria psicotrônica ou átomos de dimensões vibracionais superiores e imperceptíveis do universo.

A consciência está sempre estacionada no mais denso de todos esse corpos existenciais.

Quando esse corpo mais denso perece, a consciência se transfere para o veículo seguinte da escala decrescente de densidade.

A doença deriva de uma desarmonia entre a centelha eterna e seu conjunto de corpos existenciais, cada um dotado de padrões de consciência específicos, nem sempre alinhados com os demais corpos. Muitas vezes o desequilíbrio ocorre entre os próprios corpos existenciais, que se tornam campos de luta de padrões diferentes, e, não raras vezes, o atrito pode ocorrer dentro de um ou mais desses corpos, cujas energias não estão alinhadas e equilibradas.

Todo esse distúrbio acontece porque o homem vive em estado de ignorância de sua verdadeira natureza, identificando-se com os padrões de consciência emergentes em seus corpos existenciais, e, mesmo estes, estão freqüentemente desalinhados entre si como se cada pessoa tivesse dentro de si uma multidão de seres em desacordo, constantemente brigando e tentado impor seus objetivos aos demais.

Todos esses corpos existenciais são agregados de energias de diferentes níveis vibratórios.

O estado de extrema inconsciência em que vive o ser humano o conduz a uma utilização equivocada dessas energias, ocasionando conflitos e desarmonias que levam a ações destrutivas contra o ambiente e contra si mesmo, surgindo daí as doenças, que são uma conseqüência óbvia da falta de unidade e de coordenação entre as diversas partes constituintes da natureza humana.

As doenças percorrem um longo caminho de densificação até se manifestarem no nível físico, o que transforma a cura em um trabalho difícil que requer enorme esforço de catarse e sublimação dessas energias degradadas.

Os três principais erros na utilização dessas energias são:

1 – utilização excessiva, gerando congestão;

2 – repressão ou subutilização, gerando inibição;

3 – conflito entre energias antagônicas, gerando degradação

Todas as energias que constituem os corpos existenciais do homem também têm origem espiritual, devendo, portanto, cedo ou tarde, retornar à fonte de onde vieram, através de um processo de transformação, ou transmutação.

Em todos os casos, a doença envia uma mensagem e um sinal para a consciência.

Ela representa o registro do conflito entre o movimento ascensional da consciência e a resistência da matéria densa ou sutil que constitui o sistema de corpos, condicionando a manter os padrões que se fixaram e criaram uma tendência inercial.

Há as doenças causadas diretamente pela congestão, geralmente doenças hipertróficas, inflamatórias ou cancerígenas.

Há as doenças causadas pelos processos de inibição, que são geralmente doenças atróficas ou degenerativas.

E há também as doenças causadas por conflitos, as doenças neurológicas, os acidentes internos (cerebrais, cardiovasculares etc) e acidentes externos, como quedas, acidentes de trânsito, agressões etc .

Toda doença, assim como todo processo que aparece em nosso organismo e em nossa vida de relação é o espelhamento de processos internos.

O objetivo de todos esses processos é a expansão da consciência e o crescimento espiritual, acarretando o desenvolvimento do potencial humano.

Todavia deve-se reconhecer o fato de que esse grandioso processo tem seus refugos e atritos entre as múltiplas partes envolvidas na complexidade da condição humana.

Daí têm origem todas as doenças, que são catarses ou descargas de resíduos desse complexo e extraordinário processo da existência.

http://www.sociedadeteosofica.org.br/bhagavad/site/livro/cap81.htm

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